sexta-feira, 3 de junho de 2011

Refeições saudáveis

Hoje de manhã, fui à farmácia e deparei-me com um jornal grátis "Jornal do Centro de Saúde". Sinceramente nunca tinha visto, ando sempre a correr.

Ao analisar o conteúdo, achei um artigo muito interessante e que poderá também interessar outras donas de casa.

O artigo intitula-se "Comer bem em tempo de crise... Saiba como fazer refeições a 1 euro por pessoa".

Todos os dias ouvimos falar de crise, de FMI, das dificuldades financeiras que os portugueses estão a enfrentar... Se pensarmos nas famílias numerosas, será ainda mais complicada a gestão orçamental. Como podem ter uma alimentação saudável sem gastar muito dinheiro? É possível fintar a crise e continuar a comer bem?

"Sim, conseguimos." A frase ficou celebrizada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, mas pode muito bem ser adaptada a este artigo. Existem várias soluções que mantêm a qualidade da alimentação e que baixam muito o preço final das compras no supermercado. "Como se vê bem na roda dos alimentos, as necessidades de proteínas são muito baixas e por isso a carne, peixe, queijo não têm de ocupar uma grande parte do cabaz de compras (e os ovos são uma óptima alternativa). O cabaz deve conter legumes, saladas e frutas em abundância, uma boa ração de fornecedores de hidratos de carbono (como o pão, massas e arroz...) e alguns lacticínios", defende Maria Paes Vasconcelos, nutricionista.

Convém não esquecer que, cada um de nós precisa, por dia, de uma quantidade de carne ou peixe que caiba na palma da mão, rondando os 100g nas mulheres e os 150g nos homens. "A sopa deve estar presente ao almoço e ao jantar. A fruta deve ser consumida entre 2 e 4 peças por dia. Os legumes e as saladas em 1-2 refeições, dependendo do tipo de sopa consumida", esclarece a nutricionista. É preferíl usar um bom óleo vegetal em vez de azeite refinado. A somar a estes conselhos, Maria Paes Vasconselos relembra que "nunca deve estar mais de três horas sem comer".

E vai mais longe. "Este é o momento de recuperar velhos e saudáveis hábitos; porque não reuniar a família e, todos juntos, dedicarem-se às pequenas actividades domésticas (como arranjar legumes)? sugere.

Comer bem é mais barato

É o nome de uma campanha criada pela Fundação Calouste Gulbenkian, pela Fundação EDP e pela SIC, com o apoio da DECO e da Associação Portuguesa de Nutricionistas, com o objectivo de contribuir para a mudança de atitudes e comportamentos alimentares das famílias portuguesas e da população em geral.

O mote da campanha centra-se em dois vectores fundamentais: uma alimentação mais equilibrada e saudável, por menos dinheiro.

"Comer bem e barato é possível" defende a professora Isabel do Carmo. "Quando falo em comer bem estou a referir-me a várias coisas..." Mencionando a importância do valor calórico dos alimentos e dos seus nutrientes, indispensáveis para fornecer energia e para a vida celular, Isabel do Carmo enaltece igualmente a necessidade do prazer e do usufruto dos alimentos. "Sentar-se à mesa não é uma obrigação: é mesmo uma alegria...". Assim as pessoas consigam fazer as suas escolhas alimentares, numa boa relação de qualidade/preço.

Para Maria Paes Vasconcelos, "os portugueses com mais experiência de vida e mais anos lembrar-se-ão de outros tempos em que houve escasez de recursos. Poderá ser interessante desafiar as crianças a perguntar aos avós e bisavós quais os pratos habituais, e como eram preparradas as refeições desses tempos difíceis mas que acabaram por passar. Assim poderemos ter mais esperança num futuro com melhores dias".

No próximo dia 04 de Junho, esta campanha visitará o Largo Cândido dos Reis, em Santarém, das 09h00 às 11h00, onde poderá assistir à confecção de uma receita pelo chef André. Não falte!

Trocas alimentares precisam-se!

A Dra. Maria Paes Vasconcelos sugere-lhe algumas escolhas saudáveis mais económicas.
- Beber água, em vez de sumos ou refrigerantes;
- Comer pão nos lanches, em lugar de bolachas, tostas, pão-de-leite, croissants;
- Preferir manteiga e doce ao fiambre ou chourição (já que a proteína virá de outra fonte);
- Optar por azeite extra-virgem e óleo vegetal, em lugar de margarina temperada de alho, maionese, ketchup;
- Optar por cozer arroz, batata, massa, leguminosas simples, em lugar de batata frita de pacote, ou preparados que incluem arroz ou massa com temperos e molhos;
- Preferir as carnes de cozer e estufar (tendo em atenção que têm mais gordura), as aves intteiras (em vez de peitos, bifes ou até frango assado de compra) e peixe congelado (em substituição de peixe fresco);
- Ingerir leite em litro, usando copos de plástico com tampa, em vez de tetrapacks de 2dl;
- Preferir iogurte caseiro ao iogurte de compra.

Autor: Cláudia Pinto

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